sábado, 19 de maio de 2018

China leva bombardeiros estratégicos para o Mar do Sul da China

Em mais uma reafirmação de seu crescente poderio militar, pela primeira vez, um bombardeiro estratégico de longo alcance da China pousou numa pista de pouso construída em ilhas artificiais no Mar do Sul da China, que o regime comunista chinês disputa com seis países vizinhos, noticiou o jornal oficial Diário da China. O avião com capacidade nuclear foi participar de uma manobra militar na região disputada.

A China reivindica 90% da superfície do Mar do Sul da China com base num antigo mapa, rejeitado pelo Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda, em 12 de julho de 2016, numa questão levantada pelas Filipinas. O governo chinês ignorou a decisão.

O treinamento com o bombardeiro H-6K deixa claro que a ditadura chinesa está pronta para intimidar os países vizinhos, no caso Brunei, Filipinas, Indonésia, Malásia, Taiwan e Vietnã, e se necessário usar a força para afirmar sua reivindicação de soberania sobre o Mar do Sul da China.

É uma disputa sobre ilhotas, atóis e recifes em águas por onde passam um terço do comércio marítimo mundial e 39% do comércio exterior chinês, com grande potencial pesqueiro, jazidas de petróleo e gás natural.

Os Estados Unidos acusam a China de militarizar a região para se impor pela força. Cruzam o mar com seus navios de guerra para destacar que são águas internacionais abertas à livre navegação. Como os EUA não devem entrar em guerra com a China por causa do Mar do Sul da China, a demonstração de força de Beijim tem como alvo os vizinhos litigantes.

A China está desenvolvendo sua Marinha de guerra para neutralizar a superioridade militar dos EUA na Ásia. Transformou ilhotas, atóis e recifes em sete ilhas artificiais no arquipélago das Ilhas Spratlys, onde instalou portos, aeroportos, quartéis, radares, hangares, búnqueres, equipamentos de telecomunicações e de guerra eletrônica.

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