Um ataque aéreo atingiu hoje um hospital de Alepo, na Síria, matando 50 pessoas, entre elas três crianças e três médicos, inclusive o último pediatra da cidade, noticiou a televisão pública britânica BCC citando como fonte a organização não governamental Médicos sem Fronteiras (MsF).
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha advertiu que Alepo, que era a maior cidade e o principal centro econômico da Síria antes da guerra civil, está virando uma catástrofe humanitária, agravada pelos bombardeios a hospitais.
Nos últimos seis dias, pelo menos 160 civis foram mortos em Alepo. Ainda não foi esclarecido se o bombardeio de hoje foi feito por aviões da Síria ou da Rússia, que intervém militarmente na guerra civil síria desde 30 de setembro de 2015. Houve 16 bombardeios a hospitais desde outubro e 346 ataques a 246 clínicas hospitais e postos de saúde em pouco mais de cinco anos de guerra civil.
O sistema de saúde está à beira do colapso. Metade das ambulâncias foi destruída. As regiões sob controle rebelde não recebem medicamentos. A produção farmacêutica local caiu 90%. Atende a menos do que 10% da demanda.
A oposição abandonou as negociações de paz acusando o governo de violar a precária trégua em vigor desde 27 de fevereiro e a enviado especial das Nações Unidas, Staffan de Mistura, alerta que o cessar-fogo pode entrar em colapso a qualquer momento.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Bombardeio aéreo a hospital mata 50 pessoas na Síria
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