A Burúndi, um pequeno país do centro da África, está cada vez mais perto da guerra civil. Hoje, o general Athanase Kararuza, assessor do vice-presidente, e sua mulher foram mortos a tiros quando deixavam a filha numa escola da capital, Bujumbura, noticiou a televisão pública britânica BBC.
Já são mais de 400 assassinatos por motivos políticos desde que o presidente Pierre Nkurunziza decidiu atropelar o dispositivo constitucional que impede uma segunda reeleição, em abril de 2015. As forças de segurança são acusadas de massacrar inimigos do governo e de enterrá-los em covas rasas.
Há um sério risco de reinício da guerra civil entre a maioria hutu e a minoria tútsi, os dois grupos étnicos que se enfrentaram no genocídio na vizinha Ruanda em 1994. Nkurunziza liderava um grupo rebelde hutu quando tomou o poder, em 2005.
Ontem, o ministro dos Direitos Humanos, Martin Nivyabandi, sobreviveu a um ataque com granada quando saía da igreja depois da missa de domingo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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