terça-feira, 26 de abril de 2016

Filial d'Al Caeda reivindica morte de ativista gay em Bangladesh

Um grupo ligado à rede terrorista Al Caeda assumiu hoje a responsabilidade pelo assassinato do editor da primeira revista gay de Bangladesh. Desde fevereiro de 2015 extremistas muçulmanos mataram 17 ativistas e intelectuais liberais e secularistas (não religiosos).

Xulhaz Mannan, de 35 anos, e seu parceiro, Mahbub Rabbi Tonoy, de 25 anos, foram mortos a facadas no apartamento por homens que se apresentaram na portaria como carteiros. Além de editar a revista Roopbaan, voltada para o público de gays, lésbicas e transgêneros, Mannan trabalhava para a Agência de Ajuda Internacional dos Estados Unidos (USAID).

Pelo Twitter, uma célula do grupo Ansar al Islam declarou que seus guerreiros mataram Mannan e Tonoy, acusando-os de serem "os pioneiros da prática e da promoção da homossexualidade em Bangladesh". A alegação não foi confirmada.

O antigo Paquistão Oriental está em choque. A homossexualidade é crime neste país muçulmano de 160 milhões de habitantes onde as mulheres e as minorias sexuais são tratadas com menos tolerância do que na vizinha Índia.

Em pesquisa divulgada em 2014 pela revista Roopbaan, 54% dos gays, lésbicas e bissexuais bengaleses viviam sob medo constante de que sua orientação sexual seja revelada.

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