sexta-feira, 8 de abril de 2016

Estado Islâmico deixa moradores de Faluja morrendo de fome

Com o bloqueio das rotas de suprimento pelo Exército do Iraque e aliados, e a proibição de deixar a cidade dominada pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, a população de Faluja está passando fome, advertiu ontem a organização não governamental Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos), citada pela televisão pública britânica BBC.

Sem abastecimento, o que resta de comida está sendo vendidos a preços muito maiores do que o normal, obrigando os mais pobres a tentar se alimentar até com sopa de grama. Um saco de 50 quilos de farinha de trigo custa US$ 750 (R$ 2.762). Uma saca de açúcar vale US$ 500 (R$ 1.841).

Em Bagdá, a 50 quilômetros de distância, a farinha sai US$ 15 e o açúcar US$ 40.

"A população está sitiada pelo governo e presa pelo Estado Islâmico - e está morrendo de fome", afirmou o subdiretor da ONG para o Oriente Médio, Joe Stark.

Quem tenta fugir está sob ameaça de ser fuzilado. Se todos os civis saírem da cidade, os milicianos do EI não terão como se misturar à população para tentar escapar do cerco. Neste caso, os terroristas estão usando os moradores como escudos humanos. É mais um crime de guerra no longo prontuário do EI.

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