Com a primeira queda de vendas do iPhone desde seu lancamento, em 2007, a empresa de informática Apple anunciou hoje sua primeira queda de faturamento num balanço trimestral desde 2006. As ações da companhia caíram 8% na negociação eletrônica depois do fechamento do mercado.
No primeiro trimestre de 2016, a Apple vendeu 51,2 milhões de iPhones, 10 milhões a menos do que um ano antes. Como os telefones inteligentes representam hoje 70% do faturamento da empresa, ele caiu de US$ 58 bilhões para US$ 50,6 bilhões, abaixo da previsão dos analistas do centro financeiro de Wall Street, de US$ 52 bilhões.
O lucro líquido baixou de US$ 13,6 bilhões para US$ 10,5 bilhões. Nos últimos dias, várias grandes empresas de alta tecnologia - Twitter, Microsoft, Netflix, Alphabet, Intel e IBM decepcionaram o mercado. O Facebook, que divulga seus resultados nesta quarta-feira, pode ser uma exceção.
A queda nas vendas do iPhone é atribuída a uma saturação do mercado de telefones inteligentes, à desaceleração da China e ao fato de que o modelo iPhone 6S não trouxe grandes inovações. A versão econômica e pequena, o iPhone SE, não está vendendo bem, nem os relógios da Apple.
O iPad manteve a trajetória de queda. Suas vendas caíram 19% e as dos computadores Mac 12%. Outros produtos de menos peso, o relógio, iPod e a Apple TV, em conjunto, geraram uma renda de US$ 6 bilhões, um aumento de 30%.
A expectativa é como será o iPhone 7. Ele pode ter uma nova entrada para fones de ouvido, ser a prova d'água e de poeira e uma tecla mestra totalmente redesenhada.
"A indústria está numa trégua entre a explosão dos aparelhos portáteis e o que virá a seguir, no setor automotivo, na casa conectada, em aplicações industriais e para a saúde da Internet das coisas", observou Geoff Blaber, vice-presidente para a América da empresa da análise do mercado de telecomunicações CCS Insight. "A pressão aumenta sobre a Apple para revelar sua próxima grande fonte de crescimento."
Maior empresa privada do mundo em valor de mercado, a Apple planeja investir US$ 250 bilhões até o fim de março de 2018.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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