O presidente Barack Obama anunciou ontem em Hanôver, na Alemanha, o envio de mais 250 comandos de elite para a Síria, aumentando o total de forças especiais dos Estados Unidos no país para 300 soldados. Eles não devem entrar diretamente em combate, mas ajudar grupos que lutam contra a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
A medida intensifica a guerra contra o Estado Islâmico no momento em que o enviado especial das Nações Unidas estima que o total de mortos em cinco anos de guerra civil na Síria chegou a 400 mil. Apesar das alegações oficiais de sucesso e da perda de territórios pelos jihadistas, o resultado está aquém do esperado.
Com forças do Exército da Síria e milícias aliadas cercando a cidade de Alepo com o apoio da Rússia, a oposição abandonou as negociações de paz mediadas pela ONU em Genebra, na Suíça.
Pelo menos três civis foram mortos e 17 feridos em bombardeio rebelde a áreas dominadas pelo governo em Alepo. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos registrou mais 13 mortes num bombardeio do regime contra a cidade de Duma, dominada por rebeldes.
Além dos 400 mil mortos, 5 milhões de sírios saíram do país e outros 6 milhões fugiram de casa e são desalojados internamente.
"Tínhamos esse número de 250 mil mortos há dois anos", declarou o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, para justificar o aumento para 400 mil. "Bem, dois anos atrás são dois anos atrás."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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