O senador Ted Cruz e o governador John Kasich uniram esforços para tentar impedir que o bilionário Donald Trump seja o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro de 2016.
Seu objetivo é evitar que Trump chegue à convenção nacional republicana, marcada para 18 a 21 de julho em Cleveland, no estado de Ohio, com o apoio de 1.237 delegados. Isso lhe garantiria a nomeação automaticamente.
Na primeira votação dentro da convenção, os delegados são obrigados a manter a lealdade aos candidatos com base nos resultados das prévias do partido. Se não houver um vencedor, a partir da segunda votação, os delegados são livres para votarem como quiserem, até mesmo em que não disputou as primárias.
Como Trump é o favorito nos cinco estados do Nordeste dos EUA que realizam eleições prévias amanhã (Connecticut, Delaware, Maryland, Pensilvânia e Rhode Island) Kasich se retirou da primária do estado de Indiana, onde Cruz tem mais chances. O senador texano fará o mesmo nos estados do Novo México e Oregon, onde o governador de Ohio deve sair melhor.
O acordo foi negociado discretamente na semana passada durante a reunião do diretório nacional do partido realizada no estado da Flórida entre o gerente da campanha de Cruz, Jeff Roe, e John Weaver, assessor de Kasich.
Em seu estilo agressivo, Trump se defendeu no Twitter atacando: "Ted Mentiroso e Kasich estão matematicamente mortos e totalmente desesperados. Seus doares e grupos de interesses especiais não estão satisfeitos com eles. Triste!"
No momento, Trump tem 845 delegados contra 559 de Cruz, 171 do senador Marco Rubio, que já abandonou a disputa, e 148 para Kasich.
A ex-senadora e ex-secretária de Estado Hillary Clinton já garantiu na prática a candidatura do Partido Democrata e é a favorita.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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