Depois de uma visita à ilha de Lesbos, na Grécia, o papa Francisco voltou para o Vaticano levando junto três famílias de refugiados da guerra civil na Síria com 12 pessoas, inclusive seis crianças, num gesto para sensibilizar os países da Europa que se recusam a recebê-los.
"Quero dizer que vocês não estão sozinhos", afirmou Francisco num centro de detenção em Lesbos. "Esperamos que o mundo reaja a estas cenas trágicas de desespero."
Os refugiados vêm de Damasco e de Deir el-Zur, esta última ocupada pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. A Santa Sé vai abrigar os refugiados. Durante a viagem, o papa lembrou que a Europa é o berço dos direitos humanos.
"É uma mensagem a todos os outros países europeus para que ajudam a Grécia", declarou um funcionário do governo grego. Pelo menos 50 mil refugiados estão retidos no país por causa da decisão dos membros da União Europeia de barrar os que chegam sem fazer um pedido de asilo.
Um acordo entre UE e a Turquia, onde há 2,7 milhões de refugiados sírios, prevê que os refugiados sejam mandados de volta para a Turquia, onde deveriam fazer um pedido formal de asilo e esperar a solução do processo. Os refugiados de outros países, como Afeganistão e Paquistão, são considerados imigrantes econômicos e serão repatriados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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