A China, segunda maior economia do mundo, anunciou hoje o índice de crescimento oficial para o primeiro trimestre de 2016, afirmando que foi de 6,7% ao ano, dentro de meta oficial de uma expansão de 6,5% a 7% neste ano, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas.
Foi o menor avanço semestral desde o auge da crise financeira internacional, em 2009, e as estatísticas chinesas são objeto de suspeita, um pouco abaixo dos 6,8% do fim de 2015. Mas os dados de março indicam uma retomada. As medidas de estímulo adotadas nos últimos 15 meses começam a dar resultado.
O Fundo Monetário Internacional projeta um crescimento de 6,5% em 2016.
A compra de casas, por exemplo, foi 71% maior do que 12 meses atrás, noticiou a agência Bloomberg. O investimento em capital fixo cresceu 10,7% num ano e a produção industrial 6,8%, o ritmo mais forte em nove meses. Mas os serviços avançam hoje na China em ritmo mais forte do que a indústria. Tiveram alta de 7,6% num ano.
Os analistas internacionais começaram a duvidar das estatísticas oficiais chinesa porque, no ano passado, os índices de crescimento estiveram sempre dentro da meta, mas o governo adotava várias medidas de estímulo, como desvalorização da moeda, cortes de juros, redução do depósito compulsório dos bancos e interveio na bolsa de valores na expectativa de salvar os pequenos investidores.
Entre os maiores desafios da China, estão a reforma das empresas estatais, altamente endividadas e ineficientes, e o fechamento de fábricas para reduzir a capacidade instalada. São medidas impopulares e recessivas, mas toda vez que a economia dá sinais de desaceleração o governo adota medidas de estilo. Assim, a reforma é adiada e não vai fundo como necessário.
O produto interno bruto chinês, a soma de toda a riqueza que o país produz menos as exportações, é estimado hoje em US$ 11,3 trilhões. As dívidas possivelmente problemáticas somam US$ 1,3 trilhão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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