sexta-feira, 8 de abril de 2016

Keiko Fujimori é favorita no Peru mas só no primeiro turno

O Peru vota para presidente neste domingo sob críticas dos observadores internacionais porque o Juizado Nacional Eleitoral (JNE) cassou as candidaturas de dois candidatos com chances de vitória. A favorita é a ex-deputada Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, cond por corrupção e violação dos direitos humanos. No segundo turno, em 5 de junho, ela deve enfrentar uma aliança antifujimorista.

As últimas pesquisas de oito institutos colocam Keiko em primeiro lugar, com 28,3% a 37,3% das preferências, seguida pelo ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuszynski, considerado bom administrador mas impopular, com 14,1% a 20%.

Em terceiro lugar, está a deputada Verónika Mendoza, da Frente Ampla, uma aliança de grupos de esquerda e movimentos sociais, com 10,2% a 17%. O quarto é Alfredo Barnachea, da Ação Popular, de direita, com 7,4% a 13,6%.

Com o desgaste universal da democracia representativa, dois ex-presidentes estão mais para o fim da fila. Entre dez candidatos, Alan García, da Aliança Popular, é o quinto, com 3,4% a 15,9%. Alejandro Toledo está em sétimo com 0,9% a 7,8%.

O problema é que no mês passado o JNE cassou as candidaturas do economista Julio Guzmán, que estava em segundo nas pesquisas, e do milionário César Acuña, acusado de distribuir dinheiro a eleitores, o que é proibido pela legislação peruana.

A candidatura Guzmán foi rejeitada por 3 a 2 por uma suposta violação das normas internas de seleção de candidatos do partido Todos pelo Peru. Com as duas decisões, a Justiça Eleitoral minou a legitimidade do futuro presidente.

Sob pressão dos antifujimoristas, Keiko, de 40 anos, proclamou durante toda a campanha seu "respeito incondicional pela ordem democrática e os direitos humanos", prometeu combater a corrupção, uma praga do governo do pai, e negou que vá usar o poder político para beneficiar qualquer pessoa da família, no caso para dar indulto ao pai.

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