A Assembleia Nacional da África do Sul começa a discutir amanhã um pedido de impeachment do presidente Jacob Zuma, condenado pela Suprema Corte por gastar US$ 23 milhões de dinheiro público na reforma de sua mansão particular, anunciou ontem a presidente do Parlamento, Baleka Mbete, citada pela agência Reuters.
Em 31 de março, por unanimidade, a Suprema Corte decidiu que Zuma violou a Constituição ao ignorar a ordem de devolver aos cofres públicos todas as despesas feitas na sua residência com a exceção dos itens de segurança necessários para proteger o presidente.
Desde a decisão unânime do supremo tribunal, a oposição sul-africana pede a renúncia de Zuma.
Como o Congresso Nacional Africano tem maioria na Assembleia Nacional, o presidente da África do Sul não será impedido. O CNA, no poder desde a vitória de Nelson Mandela, em 1994, conquistou 66% dos votos nas eleições de 7 de maio de 2014, elegendo 249 dos 400 deputados do Parlamento.
Mas facções internas do partido podem desafiar Zuma, como ele mesmo fez ao vencer Thabo Mbeki na luta pela liderança do CNA, em 2007, e destituí-lo da Presidência no ano seguinte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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