Os grandes produtores de petróleo do Oriente Médio deixaram de ganhar US$ 390 bilhões em 2015 por causa da queda nos preços internacionais, estimou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2016, serão menos US$ 150 bilhões.
De cerca de US$ 115 por barril em junho de 2014, os preços internacionais do petróleo baixaram para menos de US$ 30 no início deste ano e agora passam de US$ 40. Com alta de 4,74% hoje, o barril do tipo West Texas Intermediate, padrão do mercado americano, está em US$ 44,66.
Em consequência, grandes exportadores como a Arábia Saudita e o Kuwait tiveram elevados déficits orçamentários, sendo obrigados a recorrer às reservas cambiais e a cortar subsídios para equilibrar as contas públicas. O governo saudita lançou bônus da dívida pública pela primeira vez em décadas.
No último fim de semana, os grandes exportadores não chegaram a um acordo para diminuir a produção e a oferta no mercado internacional - e assim pressionar por uma alta de preços.
A previsão de crescimento para os produtores de petróleo neste ano é de 3%, depois de 2% em 2015, mas isso se deve à melhoria das condições de produção no Iraque e à volta do Irã ao mercado internacional com a suspensão das sanções a seu programa nuclear.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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