Os combatentes da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante estão abandonando a luta, declarou o general-brigadeiro Peter Gersten, da Força Aérea dos Estados Unidos, um dos altos comandantes da coalizão que combate o grupo no Oriente Médio.
"Temos visto um aumento no ritmo de deserção de combatentes", afirmou o brigadeiro Gersten. "Estamos vendo uma fratura no seu moral."
O número de voluntários estrangeiros que chegam ao Iraque e à Síria para aderir ao Estado Islâmico caiu de 2 mil por mês no ano passado para cerca de 200 por mês hoje, acrescentou o general.
Desde agosto de 2014, quando americanos foram decapitados pelos jihadistas, a Força Aérea dos EUA lidera uma coalizão de mais de 60 países para combater o Estado Islâmico. Criticado pelo progresso lento, especialmente depois da intervenção militar da Rússia na Síria a partir de 30 de setembro de 2015, o governo Barack Obama intensificou a luta nos últimos meses.
Sob pressão das duas forças aéreas mais poderosas do mundo, o Estado Islâmico perde territórios e vê seu califado encolher no Oriente Médio. Sem seu protoestado, voltaria a ser apenas um grupo terrorista. Na minha opinião, os atentados de Paris em 13 de novembro de 2015 em que 130 pessoas foram mortas foram um sinal de fraqueza.
Mesmo derrotado militarmente no Oriente Médio, e agora o grupo está sendo atacado na Líbia, no Norte da África, o Estado Islâmico deve manter sua campanha terrorista por muitos anos e a Olimpíada do Rio de Janeiro pode ser um alvo.
A milícia rompeu um limite ao atacar o Estádio da França em 13 de novembro durante um amistoso entre França e Alemanha assistido pelo presidente francês, François Hollande. Nada indica que não tente fazer o mesmo.
O estado de alerta será máximo durante a Euro 2016, a copa europeia de seleções, a ser realizada na França de 10 de junho a 10 de julho de 2016, com abertura e encerramento no Estádio da França.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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