As empresas privadas abriram 158 mil vagas de emprego a mais do que fecharam nos Estados Unidos em março de 2013, o menor ganho em cinco meses, estimou hoje a empresa de consultoria e recursos humanos ADP, maior processadora de folhas de pagamento do país. Os economistas esperavam 200 mil.
O fraco desempenho do mercado de trabalho foi atribuído à queda na procura de operários pelas empresas de construção civil e à desaceleração do crescimento no setor de serviços.
Esses indicadores sugerem que diminuiu o ritmo de recuperação da maior economia do mundo, que tinha aumentando no início do ano, depois de registrar crescimento de apenas 0,4% ao ano no último trimestre de 2012. Na segunda-feira, foram divulgados dados indicando um resfriamento da indústria em março.
"Tem sido assim em todo esse processo de recuperação. Você tem um trimestre mais forte e depois as coisas voltam a andar devagar de novo", reconheceu o economista sênior Scott Brown, da empresa Raymond James, de São Petersburgo, na Flórida, citado pela agência Reuters.
Os dados de fevereiro foram revisados para cima, com saldo de 237 mil empregos em vez dos 198 mil anunciados há um mês. Em relação a janeiro, foi o contrário. O saldo caiu para 177 mil, abaixo dos 215 mil da estimativa anterior.
Como a Bolsa de Nova York não para de bater recordes e está duas vezes acima do pior momento da crise, em 2009, os analistas se perguntam se a atual tendência altista é sustentável. Alguns economistas entendem que ela se deve à política de expansão monetária da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, que está comprando títulos para colocar mais dinheiro em circulações.
Sem opções de investimento mais rentáveis, os poupadores estariam aplicando seu dinheiro em ações e inflando-as artificialmente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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