A polícia dos Estados Unidos conseguiu cercar os suspeitos do ataque contra a Maratona de Boston em 15 de abril de 2013, dois irmãos muçulmanos com origem na república russa da Chechênia.
Antes da meia-noite, houve um tiroteio e Sean Collier, um policial que estava no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das mais importantes instituições universitárias do mundo, na vizinha cidade de Cambridge, foi morto.
A polícia cercou área ao redor do MIT, mas os suspeitos roubaram um carro e conseguiram escapar. Encurralados na cidade de Watertown, na Grande Boston, depois de uma perseguição policial, eles reagiram com tiros e bombas.
Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, foi baleado e morto. Seu irmão Djokhar Tsarnaev, de 19 anos, fugiu de novo. Eles eram muçulmanos russos da república da Chechênia, na região do Cáucaso. A polícia está revistando casa por casa em Watertown e pediu às pessoas que evitem sair de casa.
Um tio dos jovens deu entrevista no estado de Maryland e fez um apelo a Djokhar para que se entregue à polícia e peça perdão pelos crimes cometidos. Tamerlan era boxer profissional. Djokhar estudava medicina.
A Chechênia foi arrasada em duas guerras civis pela independência do país da Federação Russa. A primeira, travada de dezembro de 1994 a agosto de 1996, foi vencida pelos chechenos, uma humilhação para o Exército. Cerca de 14 mil soldados russos e até 200 mil civis foram mortos.
A Segunda Guerra da Chechênia foi iniciada em agosto de 1999 pelo então primeiro-ministro Vladimir Putin, que se preparava para substituir o enformo presidente Boris Yeltsin, depois de uma série de atentados em Moscou atribuídos a terroristas chechenos e ataques nas repúblicas do Daguestão e da Inguchétia, vizinhas da Chechênia no Norte do Cáucaso.
Putin impôs uma política de terra arrasada para dar uma demonstração de força. Em maio de 2000, a Rússia reimpôs sua administração direta sobre a república rebelde. O total de mortos no segundo conflito é estimado entre 25 mil e 30 mil.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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