A Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, pediu há mais de um ano à principal agência antiterrorista do país que incluísse na lista de suspeitos de um dos acusados pelo ataque à Maratona de Boston, em 15 de abril de 2013.
O pedido foi feito em 2011 depois que autoridades da Rússia entraram em contato para advertir que Tamerlan Tsarnaev estava se tornando cada vez mais um islamita radical e que planejava viajar ao exterior. Ele esteve durante seis meses nas repúblicas muçulmanas russa do Daguestão e da Chechênia. Não se sabe se entrou em contato com grupos radicais.
Antes do pedido da CIA, o FBI, a polícia federal americana, tinha encerrado um inquérito preliminar sobre Tamerlan aberto depois de um pedido de informações das autoridades russas.
"Havia preocupação de que ele tivesse algum tipo de ligação com o terrorismo. Fizemos tudo o que era legalmente possível com as poucas informações que tínhamos. Não encontramos nenhum indício de ilegalidade", admitiu o porta-voz do FBI, Paul Bresson, citado pelo jornal The Washington Post.
Cenário de duas guerras brutais, a Chechênia é um território proibido, especialmente para jornalistas e ativistas dos direitos humanos.
Tamerlan morreu em confronto com a polícia dos EUA na noite de quinta para sexta-feira da semana passada. Seu irmão Djokhar Tsarnaev foi preso, mas está gravamente ferido. Não consegue falar. Responde aos interrogadores por escrito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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