Pelo menos 21 pessoas foram mortas ontem em conflitos entre a polícia e rebeldes que o governo regional da província de Xinjiang, no Oeste da China, descreveu como "gângsteres". Foi o pior incidente de violência na região em meses.
Na versão oficial do regime comunista chinês, seis mortos eram "gângteres". Os outros 15 mortos eram policiais, trabalhadores comunitários e voluntários, que teriam sido presos numa casa que logo em seguida foi incendiada com eles dentro, lembra o jornal The New York Times.
A origem da violência em Xinjiang é o conflito étnico e cultural entre o povo uigur, muçulmano, que fala uma língua de origem turca, e os chineses da etnia hã, que são 94% da população da China.
O regime comunista chinês adota políticas de assimilação de províncias rebeldes que possam sonhar com a independência como o Tibete ou Xinjiang, onde há um movimento de libertação do Turquestão Oriental. Isso inclui a migração forçada de chineses do povo hã, que logo ocupam os melhores empregos e cargos públicos, e agora que a China virou capitalista, fazem os melhores negócios, revoltando ainda mais as populações locais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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