O presidente Barack Obama confirmou hoje que o ataque contra a Maratona de Boston foi um "ato de terror" e admitiu que o governo dos Estados Unidos ainda não tem pistas concretas, mas não vai descansar até esclarecer quem foram responsáveis e quais seus motivos.
Pelo fato das duas explosões terem sido coordenadas, as maiores suspeitas recaem sobre grupos extremistas muçulmanos ligados ideologicamente à rede terrorista Al Caeda que poderiam ou não ser americanos. A pior hipótese seria uma conspiração interna realizada pela Caeda sem que nenhum serviço secreto tenha conseguido detectá-la.
Não está afastada a possibilidade de que seja um ataque ligados a questões internas dos EUA, embora seja mais provável que esse tipo de terrorista ataque prédios do governo federal como aconteceu em Oklahoma em 19 de abril de 1995.
Naquela época, as autoridades chegaram a apontar extremistas muçulmanos como responsáveis para descobrir depois que o culpado era o extremista de direita Timothy McVeigh. Como desta vez o alvo foi a multidão que acompanhava a maratona mais tradicional do mundo, as suspeitas se voltam mais para grupos com uma ligação ou ao menos inspiração externa.
A polícia de Boston ofereceu há pouco uma recompensa de US$ 50 mil para pistas que levem à solução do caso. Os explosivos estariam dentro de panelas de pressão escondidas em mochilas abandonadas em meio à torcida que acompanhava a prova.
Essa técnica é usada com frequência pela Al Caeda e pela milícia fundamentalista dos Talebã no Afeganistão, mas a polícia ainda não detectou nenhuma conexão externa nem manifestações de júbilo d'al Caeda.
Apesar das especulações e até mesmo da confirmação de que uma terceira bomba teria sido encontrada na Biblioteca Presidencial Presidente Kennedy, a informação oficial no momento é que não foram encontrados mais explosivos.
O total de mortos permanece três, inclusive um menino de oito anos, Martin Richard, que participou recentemente de uma passeata pela paz em Boston. Os feridos são mais de 170.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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