Em desafio às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Irã anunciou hoje a abertura de uma nova instalação de processamento de urânio, combustível de usinas atômicas e carga explosiva de bombas nucleares, na província de Yazd.
Três dias depois do fracasso de uma rodada de negociações realizada em Almaty, no Casaquistão, no último fim de semana, a Agência de Notícias República Islâmica noticiou a abertura de duas minas de urânio e de uma fábrica de torta amarela, a primeira fase do processamento de urânio para uso em usinas ou armas atômicas.
Na sexta-feira e no sábado, o Irã discutiu seu programa nuclear com representantes das cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e da Alemanha. Não houve avanço nem foi marcada nova data para continuar negociando.
Enquanto o Irã exige o reconhecimento de seu direito de enriquecer urânio para fins pacíficos e o fim das sanções internacionais, as grandes potências querem que a república islâmica pare de enriquecer urânio e abra suas instalações nucleares a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Durante visita a Israel, no mês passado, o presidente Barack Obama reitetou o compromisso dos EUA com a segurança do Estado judaico. Ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, reafirmou que os EUA não aceitam que o Irã tenha armas nucleares.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário