A ditadura comunista da Coreia do Norte confirmou hoje que vai lançar mísseis no Oceano Pacífico nesta quarta-feira que vão passar sobre o Japão, noticiou o jornal japonês Sankei Shimbun. Por causa das "consequências imprevisíveis", o regime norte-coreano aconselha as embaixadas a retirar seu pessoal de Pionguiangue e os estrangeiros a deixar Seul, a capital da Coreia do Sul.
Com o aumento da tensão na Península Coreana, a Coreia do Norte movimentou mísseis balísticos de médio alcance Musudan e de longo alcance KN-08 ou Hwasong-13. Nenhum dos sistemas foi testado. É a mobilidade e não a eficiência que preocupa os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
O Hwasong-13, nome adotado na Coreia do Norte, foi apresentado pela primeira vez numa parada militar em 15 de abril de 2012. É um míssil móvel com três estágios e alcance estimado em 10 mil quilômetros. Para transportá-los, são necessários grandes caminhões de oito eixos.
Com alcance de 4 mil quilômetros, os mísseis Musudan foram mostrados em público pela primeira vez em outubro de 2010. Sua tecnologia se baseia na dos mísseis soviéticos instalados em submarinos SS-N-6.
Essa mobilidade daria condições ao regime stalinista de Pionguiangue de lançar ataques de surpresa.
O teste de mísseis faria parte das comemorações, em 15 de abril, do aniversário de nascimento do fundador, o Grande Líder Kim Il Sung, avô do atual ditador, Kim Jong Un, que está no poder desde dezembro de 2011, ainda em fase de autoafirmação na ditadura mais fechada do mundo.
Ontem, a Coreia do Norte anunciou a retirada de todos os 50 mil trabalhadores do complexo industrial de Kaesong, maior símbolo da colaboração entre as duas Coreias.
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