Uma ampla pesquisa realizada nos Estados Unidos revela um risco maior de coágulos, ataques cardíacos e acidentes vasculares-cerebrais em mulheres que tomam estrogênio e progesterona para tratar sintomas da menopausa levanta suspeitas sobre a pílula anticoncepcional, que contém os mesmos hormônios.
Ao comentar o estudo encomendado pela Iniciativa pela Saúde da Mulher, médicos ouvido pelo The Wall St. Journal observaram que o risco é menor na faixa dos 20, 30 anos, quando as mulheres costumam tomar a pílula. Os hormônios usados na pílula são mais fortes do que os da menopausa.
Quanto aos riscos de ataques ou coágulos, o risco é muito maior para mulheres fumantes e/ou hipertensas. Em 1998, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, revisaram 400 estudos sobre riscos cardíacos associados à pílula anticoncepcional. Concluíram que só as fumantes tinham aumento de risco por causa da pílula.
Para mulheres de mais idade, o risco cresce bastante dez anos depois dos primeiros sintomas da menopausa.
A revista médica britânica The Lancet examinou 54 pesquisas feitas com 150 mil mulheres sobre a relação da pílula com o câncer de seio. Há um pequeno aumento de risco quando a mulher está tomando a pílula e até 10 anos depois, mais acentuado para quem começa a tomar a pílula antes dos 20 anos.
Na menopausa, depois de tomar estrogênio e progesterona por três anos, há maior risco de câncer de seio. Quem toma só estrogênio não tem maior risco e pode até ser protegida por este hormônio.
O uso da pílula reduz o risco dos cânceres de ovário, intestino grosso e útero. Os hormônios da menopausa parecem reduzir o risco de câncer do intestino grosso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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