A União, de centro-esquerda, liderada pelo ex-primeiro-ministro Romano Prodi, venceu as eleições para a Câmara dos Deputados da Itália. Conquistou 49,8% dos votos contra 49,73% da Casa da Liberdade, do primeiro-ministro conservador Silvio Berlusconi. Foram apenas 25.224 votos da vantagem. Mas pela nova lei eleitoral aprovada pelo governo Berlusconi, Prodi terá 63 deputados a mais na Câmara, 340 contra 277 da direita.
Para o Senado, de 314 cadeiras, a União espera conquistar cinco das seis cadeiras que dependem do voto dos italianos do exterior. Isto lhe daria 158 senadores contra 156 da aliança liderada por Berlusconi.
"Vamos mudar a Itália", prometeu Prodi, ao proclamar a vitória. Mas a direita alegou ser cedo demais para a esquerda se declarar vencedora.
O novo governo terá como maior desafio recuperar a economia do país, que já foi a quinta maior do mundo mas nos últimos anos foi ultrapassada pela Grã-Bretanha e pela China. Nos últimos cinco anos, sob Berlusconi, a Itália cresceu apenas 0,8% ao ano em média. No ano passado, a economia ficou estagnada.
A Itália tem uma dívida pública interna de 106% do produto interno bruto, que é de US$ 1,6 trilhão. Sofre com a adesão ao euro, que significa taxas de juros mais baixas mas impede as desvalorizações competitivas que reanimavam a economia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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