No primeiro ataque suicida contra Israel desde a posse do governo palestino liderado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em 30 de março, pelo menos nove pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas, 15 em estado grave, num atentado terrorista palestino numa área de comércio de Telavive. Dois grupos reivindicaram a autoria do atentado, as Brigadas do Mártires de Al-Acsa, ligadas ao partido Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas, e a Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina.
Abbas condenou o atentado mas um porta-voz do Hamas defendeu o ataque invocando "o legítimo direito de defesa do povo palestino". Mesmo que não tenha sido responsável direto, o Hamas será responsabilizado pelo governo israelense, que prometeu retaliar.
O terrorista detonou a bomba quando um segurança do restaurante Rosa Ha-Ir pediu-o para abrir sua bolsa. Em vídeo divulgado por uma televisão árabe, ele é identificado como Sami Salim Mohammed Hammed, de 21 anos, militante da Jihad Islâmica da cidade de Jenin, na Cisjordânia, e se apresenta como "filho das Brigadas de Al-Quods".
Hoje os 120 deputados do novo parlamento de Israel, eleito em 28 de março, prestam juramento. Um dos principais objetivos da nova legislatura é fixar as fronteiras definitivas de Israel. Se não houver acordo com os palestinos, o primeiro-ministro Ehud Olmert pretende fazer isso unilateralmente, o que os árabes não aceitam.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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