Uma greve de 24 horas convocada pelos poderosos sindicatos de transportadores paralisou parcialmente a Bolívia nesta quarta-feira. Foi o primeiro grande protesto contra o governo do presidente Evo Morales, um líder indígena e sindical que está no poder desde janeiro.
A Confederação dos Sindicatos de Transportadores convocou a greve em protesto contra um decreto que impõe aumentos de impostos às empresas de ônibus a partir de maio. O movimento atingiu La Paz, Cochabamba, Oruro, Potosí, El Alto, Sucre e Tarija, onde os motoristas bloquearam estradas, avenidas e garagens de ônibus.Mas não foi sentido em Santa Cruz de la Sierra.
O presidente da confederação, José Luis Cardoso, advertiu Morales de que foi eleito graças aos movimentos sociais, ameaçando organizar novas jornadas de protesto nos próximos dias. Ele insinuou que o governo quer aumentar sua arrecadação para aplicar o dinheiro na campanha para eleição de uma Assembléia Constituinte, uma das promessas de campanha do novo presidente boliviano.
Dados do Ministério da Fazenda indicam que 177 proprietários têm 248 ônibus cadastrados e pagam o equivalente a US$ 1.843 anualmente. Se as 1.167 frotas que operam no país inteiro foram submetidas ao regime geral de impostos, a arrecadação subiria para o equivalente a US$ 2,3 bilhões por ano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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