domingo, 30 de abril de 2006

Sudão aceita acordo de paz em Darfur

No prazo-limite fixado pela União Africana, o governo islamita do Sudão aceitou assinar um acordo de paz para acabar com o conflito na província de Darfur, onde mais de 200 mil pessoas foram mortas e cerca de 2 milhões expulsas de suas casas nos últimos quatro anos, o que está sendo denunciado internacionalmente como um novo genocídio. Mas os dois grupos rebeldes, o Movimento de Libertação Sudanês e o Movimento pela Paz e a Igualdade, não concordaram mas o negociador da UA ainda tem esperança de convencê-los.

"A segurança é chave para a ajuda humanitária", declarou Louise Arbour, alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos. "As mulheres que saem dos campos de refugiados para catar lenha estão sujeitas a todo tipo de violência sexual. Sem segurança, nem a ONU, nem as ONGs nem outras agências de ajuda humanitária pode fazer seu trabalho".

Os maiores acusados pelas violações dos direitos humanos fazem parte da milícia Janjaweed, um grupo muçulmano apoiado pelo governo sudanês.

Em Washington, milhares de pessoas participaram de uma manifestação liderada pelo ator George Clooney diante do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, para pressionar o governo George W. Bush, os deputados e senadores a tomar uma atitude para acabar com o genocídio em Darfur, uma obrigação dos países que assinaram a Convenção contra o Genocídio aprovada pelas Nações Unidas, em 1948.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, declarou é preciso apoiar o Acordo de Abuja, firmado na capital da Nigéria, com a presença de uma força de paz reforçada que pode ter 10 mil soldados, em sua maioria da própria África.

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