O líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que seu país está disposto a compartilhar tecnologia nuclear com outras nações como o Sudão, ameaçado de sanções e até de uma intervenção militar por causa do genocídio na província de Darfur, onde milícias ligadas ao regime fundamentalista sudanês mataram mais de 200 mil pessoas nos últimos quatro anos.
Se o Irã for submetido a sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a república islâmica pretende romper com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), reiterou hoje um negociador iraniano. O Conselho de Segurança exige que o país paralise seu programa nuclear, suspeito de desenvolver armas atômicas, até sexta-feira, 28 de abril. Mas a China e a Rússia, duas potências com poder de veto na ONU, se opõem a um boicote e mais ainda a uma ação militar.
"Estas declarações só aumentam o isolamento do Irã na comunidade internacional", comentou a secretária de Estado americana Condoleezza Rice. O aiatolá Khamenei falou no final de um encontro com o presidente sudanês, Omar Bachir. Numa fita divulgada domingo, o líder terrorista Ossama ben Laden pediu uma "guerra santa" contra uma possível intervenção internacional em Darfur.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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