A maior economia do mundo voltou a dar sinais de vitalidade em março, gerando 211 mil novos empregos, em comparação com 225 mil em fevereiro e 154 mil em janeiro. O índice de desemprego nos Estados Unidos caiu para 4,7%, o nível mais baixo desde julho de 2001. Mas o salário real cresceu apenas 0,2% em relação ao mês anterior e 3,4% em bases anuais.
Os economistas americanos costumavam considerar 5% a taxa de desemprego abaixo da qual provocaria uma forte pressão inflacionária. Na opinião de alguns analistas, a concorrência gerada pela nova economia baseada na revolução da informação teria neutralizado este impacto. De novembro de 1996 a setembro de 2001, o crescimento real dos salários em bases anuais oscilou entre 3,5% e 4,4% sem gerar inflação.
Então o mercado de trabalho está aquecido. Isto pode levar a novos aumentos na taxa básica de juros dos EUA. Mas os salários estão sob controle, reduzindo a pressão pela alta dos preços. A Bolsa de Valores de Nova Iorque caiu com a divulgação da queda no desemprego porque significa que os juros tendem a continuar subindo.
O Comitê do Mercado Aberto do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, volta a se reunir em 10 de maio. A expectativa do mercado é que aumente os juros de 4,75% para 5% ao ano. Para os analistas, a dúvida é onde estas altas vão parar. A maioria das previsões hoje está em 5,5%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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