Aumenta o cerco sobre o governo palestino do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Depois de Israel parar de transferir impostos arrecadados nos territórios semi-autônomos palestinos, cerca de US$ 50 milhões mensais, agora os Estados Unidos e a União Européia decidiram cortar a ajuda econômica à Autoridade Nacional Palestina. Estas potências exigem que o Hamas abandone a luta armada e reconheça o direito de existência de Israel.
De agora em diante, os palestinos só receberão das potências ocidentais ajuda humanitária através de organizações como as Nações Unidas.
A UE dá anualmente 500 milhões de euros (US$ 610 milhões) em ajuda aos palestinos; 80% serão cortados. Na segunda-feira a UE faz um convênio de US$ 78 milhões com a ONU para oferecer ajuda de emergência.
Os EUA estão suspendendo projetos no valor de US$ 240 milhões mas prometeram aumentar sua ajuda humanitária em 57% para US$ 287 milhões nos próximos dois anos. Este dinheiro deve ser entregue diretamente à população mais carente, não passando pelo governo palestino.
Nesta semana, o primeiro-ministro Ismail Haniya reconheceu as dificuldades financeiras, inclusive para pagar os 140 mil funcionários do governo semi-autônomo palestino. Um alto dirigente do Hamas disse que o movimento fundamentalista está pronto a aceitar a criação de dois países, Israel e a Palestina, dividindo o território histórico da Palestina, entregue ao Império Britânico por mandato da Liga das Nações, precursora da ONU, depois da Primeira Guerra Mundial.
Isto significaria reconhecer Israel. Mas Haniya declarou que não haverá mudança da plataforma política do Hamas. Por enquanto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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