Em depoimento no Congresso, Ben Bernanke, novo presidente do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, previu que o crescimento da economia dos Estados Unidos deve cair a um nível mais sustentável no segundo semestre. Mas advertiu que a alta nos preços do petróleo ameaça aumentar a inflação e reduzir a atividade econômica, indicando que uma pausa na elevação das taxas de juros não significará necessariamente o fim do aperto monetário.
"Em algum momento no futuro, o comitê pode decidir não mexer nas taxas de juros por uma reunião ou duas, ganhando tempo para receber mais informações sobre as perspectivas", declarou Bernanke. Mas ressalvou: "É claro que não agir numa reunião não exclui ações em reuniões subseqüentes, e o Fed não vai hesitar, se for necessário."
Bernanke apontou o aquecimento do mercado imobiliário como ameaça inflacionária. Ontem, foi revelado que a venda de casas novas cresceu 13,8% em março nos EUA.
O Fed aumentou os juros nas últimas 15 reuniões do Comitê do Mercado Aberto, desde meados de 2004. A expectativa era de um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, em 10 de maio, para 5% ao ano.
Para os analistas, o depoimento de Bernanke indica que haverá um aumento para 5% em maio mas que depois o Fed derá uma trégua de verão às taxas de juros. Ao assumir, ele prometeu maior transparência nas decisões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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