quinta-feira, 27 de abril de 2006

EUA devem crescer menos mas petróleo pressiona inflação

Em depoimento no Congresso, Ben Bernanke, novo presidente do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, previu que o crescimento da economia dos Estados Unidos deve cair a um nível mais sustentável no segundo semestre. Mas advertiu que a alta nos preços do petróleo ameaça aumentar a inflação e reduzir a atividade econômica, indicando que uma pausa na elevação das taxas de juros não significará necessariamente o fim do aperto monetário.

"Em algum momento no futuro, o comitê pode decidir não mexer nas taxas de juros por uma reunião ou duas, ganhando tempo para receber mais informações sobre as perspectivas", declarou Bernanke. Mas ressalvou: "É claro que não agir numa reunião não exclui ações em reuniões subseqüentes, e o Fed não vai hesitar, se for necessário."

Bernanke apontou o aquecimento do mercado imobiliário como ameaça inflacionária. Ontem, foi revelado que a venda de casas novas cresceu 13,8% em março nos EUA.

O Fed aumentou os juros nas últimas 15 reuniões do Comitê do Mercado Aberto, desde meados de 2004. A expectativa era de um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, em 10 de maio, para 5% ao ano.

Para os analistas, o depoimento de Bernanke indica que haverá um aumento para 5% em maio mas que depois o Fed derá uma trégua de verão às taxas de juros. Ao assumir, ele prometeu maior transparência nas decisões.

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