Para a segunda economia do mundo, a inflação é uma boa notícia. Há quase uma década, a economia do Japão (PIB de US$ 4,9 trilhões) se arrastava com um misto de estagnação e deflação, a queda nos preços. Agora, pelo quinto mês consecutivo, houve aumento de preços, sinal de que a deflação acabou. Em março, os preços ao consumidor cresceram 0,5% a mais do que em março do ano passado e 0,3% em relação a fevereiro. Nos dois meses anteriores, a inflação aumentara 0,2%.
Ao criar uma expectativa de redução nos preços, a deflação adia as decisões de compra. Por que comprar hoje se amanhã deve estar mais barato? Assim, o comércio não vende, a indústria não recebe encomendas, a atividade econômica se retrai e o governo arrecada menos. Com o forte estímulo da demanda chinesa, o Japão finalmente vence a crise.
O índice de desemprego, que chegou a 3,1% nos anos 80, época do SuperJapão, subiu para cerca de 5% durante a crise asiática, caiu para 4,1%. É o menor em oito anos.
Então hoje foram divulgadas duas boas notícias para a economia japonesa. Mas a maioria das bolsas asiáticas fechou em queda por causa da alta de juros na China, que pode desacelerar a economia que mais cresce no mundo. É mais um sinal de que a China tornou-se a locomotiva econômica da Ásia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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