O terrorista mais temido do mundo, o saudita Ossama ben Laden, pediu uma guerra santa na província de Darfur, no Sudão, e criticou duramente os países ocidentais por cortarem a ajuda aos palestinos depois da posse do governo liderado pelo Movimento de Reistência Islâmica (Hamas): "O boicote do governo eleito democraticamente mostra que há uma guerra de cruzados e sionistas [cristãos e judeus] contra o Islã".
Em mensagem divulgada pela TV árabe Al Jazira, Ben Laden defendeu o governo fundamentalista sudanês e as milícias muçulmanas responsáveis por mais de 200 mil mortes na regiao nos últios quatro anos, pregando uma guerra santa contra qualquer intervençao internacional em Darfur: "Convoco os mujahedins para uma longa guerra contra os cruzados ladrões no Oeste do Sudão".
Ben Laden, que viveu sob a proteção do governo islamita sudanês no início dos anos 90, antes de voltar ao Afeganistão, reafirmou que a luta contra os Estados Unidos e seus aliados continua: "Esta guerra é responsabilidade conjunta dos povos e governos. Enquanto a guerra continua, a população renova sua lealdade aos governantes e políticos, e continua enviando seus filhos a nossos países para que nos combatam". Ou seja, os povos ocidentais também são inimigos e assim podem ser alvo de ataques terroristas.
O Hamas tentou imediatamente se desvincular do terrorista: "A ideologia do Hamas é totalmente diferente da do xeque Ben Laden", declarou o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, ressalvando que as pressões internacionais contra os palestinos podem gerar tensões no mundo árabe e criar "a impressão de de que há uma aliança entre Israel e o Ocidente contra os palestinos".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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