A semana apresentou vários indicadores positivos na maior economia do mundo. O consumo cresceu 0,6%, acima do esperado, em março, o déficit comercial caiu e, nesta sexta-feira, o Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, anunciou um aumento de 0,6% na produção industrial.
O déficit comercial caiu 4,1% para US$ 65,7 bilhões em fevereiro. Ainda é altíssimo mas melhorou porque os americanos compraram menos carros e televisores importados. E o déficit comercial com a China, bastante sensível porque costuma provocar discursos protecionistas no Congresso dos EUA, caiu 23% para US$ 13,8 bilhões. É o menor desde março de 2005.
A expectativa é de um crescimento do produto interno bruto americano de mais de 4,5% no primeiro trimestre. Aumentaram os salários e a geração de empregos. E o sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, está mais otimismo. Mas talvez o que impressione mais os analistas de mercado é a capacidade utilizada na indústria, de 81,3%, o maior índice em seis anos.
Já o déficit público aumentou para US$ 85,5 bilhões, o maior já registrado em março. Mas ficou abaixo dos US$ 119 bilhões de fevereiro.
Além disso, a crise em torno do programa nuclear iraniano levou o petróleo para cerca de US$ 70 o barril. A alta acumulada no ano é de 35%. O Fundo Monetário Internacional já advertiu que a alta do petróleo fatalmente será repassada aos preços, gerando uma pressão inflacionária. Nos EUA, a gasolina de aproxima de US$ 3 por galão de 3,785 litros (cerca de R$ 1,70/litro).
Tudo isto indica que o Fed deve mesmo aumentar a taxa básica de juros dos EUA de 4,75% para 5% ao ano na próxima reunião do Comitê do Mercado Aberto, em 10 de maio. A grande dúvida do mercado é quando e onde vai parar esta altura de juros. No momento, a maioria dos economistas acredita que vá até 5,5%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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