O presidente George Walker Bush nomeou o ex-senador Robert Portman para o Escritório de Gerenciamento e Orçamento, um cargo importante neste ano de eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. Portman substitui Joshua Bolten, que foi para a chefia da Casa Civil da Casa Branca. Com sua popularidade em baixa, Bush precisa melhorar as relações com o Congresso.
Para o lugar de Portman, o presidente americano indicou a segunda pessoa na hierarquia do escritório do Representante Comercial dos EUA, Susan Schwab, que trabalhara no governo de seu pai. Seu desafio imediato será enfrentar as difíceis negociações da Rodada Doha de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC).
No próximo dia 30 de abril, vence um prazo importante para que a rodada seja concluída este ano, sem que o presidente dos EUA precise pedir nova autorização para negociar acordos internacionais ao Congresso. A autorização para promoção comercial permite que o Executivo negocie e o Legislativo possa apenas aprovar ou rejeitar cada acordo internacional como um todo, sem propor emendas que exigiriam renegociações com outros países.
Os observadores não estão otimistas quanto a um acordo prévio ainda este mês. Tudo indica que a Rodada Doha terá de ser prorrogada por mais alguns anos para evitar um fracasso total. Para o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, só uma reunião de cúpula permitiria um acordo até 30 de abril.
O Brasil insiste na liberalização da agricultura, apoiado por um bloco de países em desenvolvimento. Mas os países ricos resistem, sobretudo os EUA, os europeus e o Japão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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