Há 20 anos, em 26 de abril de 1986, uma explosão seguida de incêndio no reator número 4 da central nuclear de Chernóbil, na Ucrânia, então parte da União Soviética, causou o pior acidente nuclear da História. Trinta e uma pessoas morreram tentando controlar o acidente. Uma nuvem radioativa espalhou-se por toda a Europa. O total de mortos pela radiação estaria hoje em 9 mil.
Ao contrário do que costumava fazer, a URSS admitiu no dia seguinte que tinha ocorrido um acidente. Mas alegou que a radiação estava em níveis normais. Durante 10 dias, o reator fundido espalhou material radioativo. Depois, foi coberto por um sarcófago de concreto armado que agora estaria rachando, o que poderia liberar mais material radioativo.
O líder do Partido Comunista da URSS, Mikhail Gorbachev, ordenou a abertura de inquérito para apurar como o sistema falhara. A conclusão foi de que era preciso mudar o regime político. Num sistema em que toda denúncia de irregularidade era vista como uma traição ao Estado e à pátria do socialismo, dificilmente subalternos tomavam a iniciativa de criticar superiores.
Chernóbil virou um símbolo da derrocada da URSS.
Parecia também o fim do uso da energia atômica para fins pacíficos. Mas a alta dos preços do petróleo, o aquecimento da Terra e a busca de novas fontes de energia estão provocando um renascimento da indústria
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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