sexta-feira, 14 de abril de 2006

Irã rejeita ultimato das Nações Unidas

O Irã rejeitou ontem o ultimato da Organização das Nações Unidas para suspender seu programa nuclear e o enriquecimento de urânio. Há dois dias, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou que o país tinha conseguido enriquecer urânio a 3,5%. Este teor permite utilizá-lo como combustível nuclear em usinas de geração de energia mas não fabricar bombas atômicas.

A declaração foi vista como mais um desafio à sociedade internacional. Ontem, Mohammed elBaradei, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, esteve em Teerã negociando com o regime fundamentalista iraniano. Recebeu um não e pediu mais tempo para tentar uma solução diplomática.

O Irã insiste em que tem o direito de enriquecer urânio para fins pacíficos. Mas os Estados Unidos e a União Européia duvidam das reais intenções, já que o país tem uma das maiores reservas mundiais de petróleo. Não precisaria de usinas nucleares para gerar energia.

Como o maior temor dos estrategistas americanos é que armas atômicas ou tecnologia nuclear caiam nas mãos de grupos terroristas como al Caeda, que não teriam o menor escrúpulo em usá-las, os EUA estariam escolhendo alvos para um bombardeio limitado destinado a destruir as principais instalações nucleares do Irã. Por isso, Baradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2005 junto com sua agência, pediu mais tempo.

O agravamento da crise iraniana fez o preço do barril de petróleo passar de US$ 70.

Um comentário:

Marco Aurélio disse...

Nelson

Segundo o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, o programa de energia atômica iraniano é pacifico. Pode até nem ser, mas a meu ver, quem gosta de usar energia nuclear com fins bélicos, são os que anunciaram os ataques contra a antiga Pérsia.

Um abraço

Marco Aurélio