Os déficits públicos dos países da União Europeia diminuíram em em 2013, enquanto as dívidas públicas aumentaram, indicam os dados divulgados hoje pelo Eurostat, o escritório oficial de estatísticas do bloco europeu.
Na Zona do Euro, a relação entre a dívida pública e o produto interno bruto caiu de 3,7% em 2012 para 3%, o limite máximo autorizado pelo Pacto de Estabilidade que sustenta a moeda comum europeia. Na UE como um todo, de 28 países, a queda foi de 3,9% para 3,3%.
Já a razão entre a dívida pública e o PIB subiu no ano passado de 90,7% para 92,6% na Eurozona e de 85,2% para 87,1% em toda a UE. A dívida total da Eurozona soma 8,89 trilhões de euros e na UE, 11,386 trilhões de euros.
Só um país teve saldo positivo nas contas públicas, Luxemburgo (0,1%). A Alemanha equilibrou receita e despesa. A Estônia (-0,2%), a Dinamarca (-0,8%), a Letônia (-1%) e a Suécia (-1,1%) ficaram perto do equilíbrio.
Dez países tiveram déficits superiores a 3% do PIB: Eslovênia (-14,7%), Grécia (12,7%), Irlanda (-7,2%), Espanha (-7,1%), Reino Unido (-5,8%), Chipre (-5,4%), Croácia e Portugal (ambos com -4,9%), França e Polônia (ambas com 4,3%). Em entrevista ao jornal Le Monde, o novo ministro da Economia francês, Michel Sapin, prometeu cortar o déficit para a meta de 3% do PIB em 2015.
As menores dívidas públicas em relação aos PIBs foram da Estônia (10%), Bulgária (18,9%), Luxemburgo (23,1%), Letônia (38,1%), Romênia (38,4%), Lituânia (39,4%) e Suécia (40,6%).
Em 16 países, as dívidas governamentais superam os 60% do PIB, limite recomendado pelo Pacto de Estabilidade. As dívidas percentualmente mais elevadas, acima de todo o valor produzido pelo país num ano, são da Grécia (175,1%), Itália (132,6%), Portugal (129%), Irlanda (123,7%), Chipre (111,7%) e Bélgica (101,5%).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Déficits caem mas dívidas sobem na UE
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