quarta-feira, 23 de abril de 2014

Déficits caem mas dívidas sobem na UE

Os déficits públicos dos países da União Europeia diminuíram em em 2013, enquanto as dívidas públicas aumentaram, indicam os dados divulgados hoje pelo Eurostat, o escritório oficial de estatísticas do bloco europeu.

Na Zona do Euro, a relação entre a dívida pública e o produto interno bruto caiu de 3,7% em 2012 para 3%, o limite máximo autorizado pelo Pacto de Estabilidade que sustenta a moeda comum europeia. Na UE como um todo, de 28 países, a queda foi de 3,9% para 3,3%.

Já a razão entre a dívida pública e o PIB subiu no ano passado de 90,7% para 92,6% na Eurozona e de 85,2% para 87,1% em toda a UE. A dívida total da Eurozona soma 8,89 trilhões de euros e na UE, 11,386 trilhões de euros.

Só um país teve saldo positivo nas contas públicas, Luxemburgo (0,1%). A Alemanha equilibrou receita e despesa. A Estônia (-0,2%), a Dinamarca (-0,8%), a Letônia (-1%) e a Suécia (-1,1%) ficaram perto do equilíbrio.

Dez países tiveram déficits superiores a 3% do PIB: Eslovênia (-14,7%), Grécia (12,7%), Irlanda (-7,2%), Espanha (-7,1%), Reino Unido (-5,8%), Chipre (-5,4%), Croácia e Portugal (ambos com -4,9%), França e Polônia (ambas com 4,3%). Em entrevista ao jornal Le Monde, o novo ministro da Economia francês, Michel Sapin, prometeu cortar o déficit para a meta de 3% do PIB em 2015.

As menores dívidas públicas em relação aos PIBs foram da Estônia (10%), Bulgária (18,9%), Luxemburgo (23,1%), Letônia (38,1%), Romênia (38,4%), Lituânia (39,4%) e Suécia (40,6%).

Em 16 países, as dívidas governamentais superam os 60% do PIB, limite recomendado pelo Pacto de Estabilidade. As dívidas percentualmente mais elevadas, acima de todo o valor produzido pelo país num ano, são da Grécia (175,1%), Itália (132,6%), Portugal (129%), Irlanda (123,7%), Chipre (111,7%) e Bélgica (101,5%).

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