De olho no seu país, o ditador da Bielorrússia, Alexander Lukachenko, no poder há 20 anos, um dos maiores aliados de Moscou, rejeitou hoje a pressão da Rússia pela federalização da Ucrânia.
Em entrevista à televisão russa NTV, Lukachenko declarou que a federalização dividiria o país e destruiria o Estado ucraniano. A exemplo da Ucrânia, depois do fim da União Soviética, a Bielorrússia entregou à Rússia as armas nucleares instaladas em seu território.
A Rússia, a Bielorrússia e a Ucrânia formavam o núcleo central eslavo da URSS. O país de Lenin, Trotski e Stalin, pátria do comunismo internacional, desapareceu quando essas três repúblicas assinaram o Acordo de Minsk, em 8 de dezembro de 1991, rechaçando a proposta de confederação feita pelo último líder soviético, Mikhail Gorbachev.
Qualquer tentativa do homem-forte do Kremlin, Vladimir Putin, de recriar a URSS através da União Eurasiana será capenga sem esses três países.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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