Dos 437 mil assassinatos registrados no mundo em 2013, 50,1 mil foram cometidos no Brasil, 11,5% do total, revela o Relatório Global de Homicídios, lançado hoje pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNOCD).
Houve uma estabilização no nível de homicídios no Brasil, mas o país ainda está entre os mais perigosos. A mortalidade é maior na Colômbia, Venezuela, Guatemala e África do Sul, com mais de 30 assassinatos para cada 100 mil habitantes.
Com 25 homicídios para cada 100 mil, o Brasil está no segundo grupo, de países com 20 a 30 assassinatos para cada 100 mil, ao lado do México, da Nigéria e da República Democrática do Congo.
Os índices oficiais de homicídios caíram 29% no Rio de Janeiro e 11% em São Paulo, mas cresceram no Norte e no Nordeste do país, com alta alarmante de 150% na Paraíba e de 75% na Bahia. A exceção foi Pernambuco, com queda de 38%. O único estado que se aproxima do nível considerado civilizado, de no máximo 10 mortes para cada 100 mil habitantes, é São Paulo, com 10,8.
A maioria das vítimas (90%) e dos assassinos é do sexo masculino. No Brasil, as mulheres são mortas por maridos, parceiros ou parentes. Na China, na Coreia do Norte e no Japão, elas são mais da metade das vítimas.
Entre os subcontinentes, a América do Sul é o terceiro mais homicida com 23 mortes por 100 mil habitantes, atrás do Sul da África com 30 mortes e a América Central com 26 mortes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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