terça-feira, 8 de abril de 2014

FMI reduz previsão de crescimento para o Brasil

Pela terceira vez, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua previsão de crescimento para a economia brasileira em 2014, que no ano passado era de 3,2% e agora ficou em 1,8%. Na sua Perspectiva Econômica Mundial divulgada hoje, o Fundo espera que o mundo como um todo avance 3,6% em 2014 e 3,9% em 2015.

Ao justificar a queda na expectativa em relação ao Brasil, o FMI observou que "a demanda é apoiada pela alta de salários e pelo consumo", mas "o investimento privado continua fraco, refletindo a baixa confiança do empresariado".

O Fundo recomenda ao Brasil novos ajustes "porque, apesar das altas nas taxas de juros, a inflação se manteve no topo da meta", inclusive maior equilíbrio nas contas públicas. As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio devem ser "seletivas"

Entre os grandes emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), só a Rússia, abalada pelas sanções impostas pelo Ocidente em razão da crise da Ucrânia, teve uma redução de expectativa maior do que o Brasil, de 0,6 ponto percentual. No caso brasileiro, foi de 0,5 ponto.

A Ásia deve puxar o crescimento mundial, com 5,3% neste ano e 5,7% no próximo. Em 2014, a China deve avançar 7,5% e a Índia, 5,4%.

Na América do Sul, o Brasil só está à frente de dois países com políticas econômicas populistas catastróficas, a Venezuela, que vai encolher 0,5%, e a Argentina, onde a expansão será de 0,5%. No último boletim Focus, do Banco Central, baseado nas previsões dos analistas do mercado, a previsão de crescimento do Brasil para este ano caiu nesta semana para 1,63%.

A América Latina como um todo deve crescer 2,5% em 2014 e 3% em 2015. Neste ano, o México deve avançar 3% por causa das reformas estruturais e da recuperação americana. Os maiores índices ficaram com Peru (5,5%), Bolívia (5,1%), Colômbia (4,5%), Equador (4,2%) e Chile (3,6%).

Com aumento da renda familiar e valorização dos imóveis, os EUA devem crescer 2,8% em 2014 e 3% em 2015, bem acima da Alemanha (1,7%) e da França (1%), as duas maiores economias da Zona do Euro. Fora da Euzona, o Reino Unido avançará 2,9%.

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