Diante da trágica morte de mais de 300 pessoas no naufrágio do ferryboat Sewol, em 16 de abril de 2014, o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Chung Hong Won, pediu demissão hoje. A presidente Park Geun Hye aceitou o pedido.
Na semana passada, a presidente considerou criminosa a conduta do capitão e dos demais tripulantes. Eles não deram ordem para evacuar o navio. Mandaram os passageiros, na maioria estudantes secundaristas que participavam de uma excursão à ilha de Jeju, ficar onde estavam. Os mergulhadores encontraram vários corpos com sinais de que lutaram desesperadamente para fugir no último momento.
O capitão e os tripulantes também estiveram entre os primeiros a deixar o navio, que estaria sendo pilotado por um terceiro sem experiência de navegação em mar agitado. Só três barcos salva-vidas funcionaram.
Uma inspeção feita hoje em outro ferryboat da mesma empresa constatou problemas para prender os veículos transportados, falta de coletes salva-vidas e barcos salva-vidas defeituosos, uma negligência que pode ter sido a causa do acidente.
A Coreia do Sul talvez tenha sido o único país que venceu o subdesenvolvimento no século 20. A China estava a caminho, mas ainda tem grandes populações pobres. Mas a segurança do transporte naval na Coreia do Sul não mostra o mesmo nível de desenvolvimento da economia sul-coreana, competitiva em setores de ponta como automóveis e eletroeletrônica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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