quarta-feira, 16 de abril de 2014

Transnístria pede reconhecimento à Rússia

Diante da intervenção militar da Rússia na Ucrânia, a Transnístria, uma região de maioria russa da ex-república soviética da Moldova, pediu às autoridades do Kremlin o reconhecimento de sua independência.

A esperança é que o presidente Vladimir Putin lance uma nova operação militar a pretexto de proteger os russos, como está fazendo na Ucrânia sem admitir publicamente, como se a revolta no Leste do país fosse espontânea. A Transnístria fica do outro lado, faz fronteira com o Oeste da Ucrânia, a região mais ocidentalizada. Mais um enclave russo cercaria a Ucrânia.

Ontem, durante conversas telefônicas com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, Putin alegou que "a Ucrânia está à beira da guerra civil".

Ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, o protoditador pediu que condene o governo provisório da Ucrânia por "desrespeitar os direitos e interesses dos russos". Mais um blefe. Tudo de acordo com seu plano de provocar uma reação armada para justificar uma invasão com os 40 mil soldados russos estacionados do outro lado da fronteira.

Até onde vai Putin? No discurso em que justificou a anexação da Crimeia, o protoditador russo lembrou o fim da União Soviética, que descreve como a "maior catástrofe geopolítica do século 20". Desde então, 25 milhões de russos passaram a ser estrangeiros nos países onde viviam.

Nesta lógica, deveria recriar a URSS. Os russos da Moldova entraram na fila para voltar à pátria-mãe.

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