As imagens divulgadas na Internet de uma grande reunião de guerrilheiros da rede terrorista Al Caeda no Iêmen provocou a ira dos Estados Unidos. Três bombardeios de drones americanos contra centros de treinamento da rede mataram pelo menos 55 militantes no último fim de semana.
Foi o maior dos 11 ataques de drones dos EUA no Iêmen neste ano. Os principais alvos dos americanos eram o chefe d'al Caeda na Península Arábica, Nasser al-Wuhaichi, e o maior especialista em fabricação de bombas do grupo, Ibrahim al-Assiri.
Durante o governo George W. Bush (2001-9), houve apenas um ataque de drones no Iêmen, com seis mortes. Desde a posse de Obama, foram 92 ataques de drones e 15 com outros armamentos como mísseis de cruzeiro.
Pelos cálculos da New American Foundation, os ataques dos EUA ao Iêmen mataram entre 753 e 965 pessoas, na maioria jihadistas, mas também 81 civis.
Especialistas em terrorismo advertem que os drones não são uma "bala mágica" capaz de erradicar o terrorismo no Iêmen. Sem combate à miséria no país mais pobre do mundo árabe e a capacitação das forças de segurança, o problema não será resolvido e vai aumentar o sentimento antiamericano, fonte de recrutamento de novos terroristas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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