A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fizeram um acordo na madrugada de hoje para "formar um governo de reconciliação nacional dentro de cinco semanas". Deve ser um governo tecnocrático.
A reconciliação vem num momento crucial para as negociações sobre a paz no Oriente Médio.
O governo de Israel já alegou que não pode fazer a paz com um povo dividido porque parte continuaria sendo sua inimiga. Hoje, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, "tem de escolher entre o Hamas e a paz".
Mais linha-dura ainda, o ministro do Exterior, Avigdor Lieberman, declarou o fim do processo de paz, acusando o acordo entre os dois grandes partidos do movimento nacional palestino de criar "um governo de unidade no terror. A assinatura de um acordo entre a Fatah e o Hamas é uma assinatura pelo fim das negociações entre Israel e a Autoridade Palestina."
O ministro da Economia, Naftali Bennett, insistiu na expressão "governo da unidade no terror": "O Hamas vai continuar assassinando israelenses e Abbas vai continuar exigindo a libertação dos companheiros."
Assim, o governo israelense joga para dividir o inimigo e sabotar a iniciativa dos Estados Unidos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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