Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje o envio de uma força de paz de 12 mil homens para a República Centro-Africana, onde a queda de um governo golpista sustentado por milícias muçulmanas deflagrou uma onda de violência étnico-religiosa. Mas as forças da ONU só chegam lá em setembro.
Mais de mil pessoas foram mortas desde a queda do regime golpista de François Bozizé. O governo provisório, chefiado pela presidente do Parlamento, Catherine Samba-Panza, é incapaz de controlar a situação mesmo com ajuda internacional.
A ONU estima que 1,3 milhão de pessoas precisem de ajuda no país. A França já tem 2 mil soldados no país e a União Africana, outros 5 mil. A partir de agora, eles têm autorização para "usar todos os meios necessários", a linguagem diplomática para aprovar o uso da força".
Há um colapso da autoridade do Estado na República Centro-Africana. Sem polícia nem sistema prisional, o país está entregue a gangues da bandidos, disse à BBC o embaixador francês na ONU, Gerard Araud.
"Milícias cristãs e muçulmanas deixaram a República Centro-Africana à beira de um desastre", afirmou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, que esteve ontem em Bangui, onde agradeceu à França e aos soldados de sete países africanos que formam a força de paz da UA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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