quinta-feira, 10 de abril de 2014

ONU envia missão de paz à República Centro-Africana

Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje o envio de uma força de paz de 12 mil homens para a República Centro-Africana, onde a queda de um governo golpista sustentado por milícias muçulmanas deflagrou uma onda de violência étnico-religiosa. Mas as forças da ONU só chegam lá em setembro.

Mais de mil pessoas foram mortas desde a queda do regime golpista de François Bozizé. O governo provisório, chefiado pela presidente do Parlamento, Catherine Samba-Panza, é incapaz de controlar a situação mesmo com ajuda internacional.

A ONU estima que 1,3 milhão de pessoas precisem de ajuda no país. A França já tem 2 mil soldados no país e a União Africana, outros 5 mil. A partir de agora, eles têm autorização para "usar todos os meios necessários", a linguagem diplomática para aprovar o uso da força".

Há um colapso da autoridade do Estado na República Centro-Africana. Sem polícia nem sistema prisional, o país está entregue a gangues da bandidos, disse à BBC o embaixador francês na ONU, Gerard Araud.

"Milícias cristãs e muçulmanas deixaram a República Centro-Africana à beira de um desastre", afirmou a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, que esteve ontem em Bangui, onde agradeceu à França e aos soldados de sete países africanos que formam a força de paz da UA.

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