A Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, retirou de seu comunicado oficial da reunião do Comitê de Mercado Aberto realizada ontem e hoje o compromisso de só aumentar juros quando a taxa de desemprego cair para 6,5%, preparando o terreno para a primeira alta de juros desde a crise, observa o jornal The Washington Post.
Como esperado, o Fed reduziu em US$ 10 bilhões para US$ 55 bilhões, em abril, o volume mensal da compra de títulos para jogar mais dinheiro em circulação e assim estimular a economia com o chamado "alívio quantitativo".
Desde o fim de 2012, o Fed prometia só cogitar o aumento das taxas de juros, que estão próximas de zero desde dezembro de 2008, até que o índice de desemprego baixasse para 6,5%, se a inflação ficasse abaixo de 2,5%.
Na sua primeira entrevista coletiva como presidente do Fed, Janet Yellen, confirmou a tendência. Ela disse que os juros devem começar a subir seis meses depois do fim do programa de alívio quantitativo, ou seja, no primeiro semestre de 2015.
A expectativa é que a taxa básica de juros da maior economia do mundo suba para 1% ao ano em 2015 e 2% ao ano em 2016. O Fed considera que 4% seria uma taxa de juros normal para uma economia equilibrada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário