Os investigadores das Nações Unidas apresentaram hoje uma lista ampliada de suspeitos de crimes de guerra nos dois lados da guerra civil na Síria, onde mais de 100 mil pessoas foram mortas desde 15 de março de 2011, apontando indivíduos, unidades militares e agências governamentais suspeitos de tortura, massacres e bombardeio de populações civis, informa a agência Reuters.
Sem autorização para entrar na Síria, cerca de 20 investigadores da comissão presidida pelo sociólogo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro entrevistaram 2,7 mil vítimas, testemunhas e refugiados na região e até mesmo residentes no país via Skype.
É improvável que os crimes sejam denunciados perante o Tribunal Penal Internacional. Como a Síria não faz parte, a acusação teria de partir do Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia, aliada do ditador Bachar Assad, tem direito de veto.
"Não temos falta de informação sobre os crimes e os perpetradores", declarou Pinheiro. "Não temos os meios para exigir a prestação de contas e fazer justiça, mas isso vai além dos nossos poderes."
No relatório apresentado ao Conselho de Direitos Humanos, a comissão de investigação adverte para o aumento dos combates entre rebeldes no período de 20 de janeiro a 10 de março de 2014. Acusa o grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante de "conduzir execuções em massa de prisioneiros".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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