quinta-feira, 27 de março de 2014

Yulia Timochenko lança candidatura na Ucrânia

A ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, libertada pela revolução que derrubou o presidente Viktor Yanukovich em fevereiro de 2014, anunciou hoje sua candidatura à Presidência da Ucrânia nas eleições de 25 de maio, convocadas para reconstituir as instituições democráticas do país.

Oligarca que enriqueceu logo após a queda do comunismo e o fim da União Soviética, Timochenko foi uma das líderes da Revolução Laranja. De 22 de novembro de 2004 a 23 de janeiro de 2005, multidões saíram às ruas de Kiev e outras cidades ucranianas para impedir uma fraude eleitoral arquitetada pela Rússia para eleger Yanukovich. Envenenado, o oposicionista Viktor Yuchenko, teve o rosto desfigurado a cada dia publicamente, mas ganhou o "terceiro turno".

No poder, os líderes da Revolução Laranja se dividiram e mantiveram as mesmas práticas corruptas e viciadas, permitindo a vitória de Yahukovic e seus aliados nas eleições parlamentares de 2007 e na eleição presidencial de 2010, quando Timochenko perdeu por pequena margem no segundo turno.

Em 2011, Timochenko foi condenada e presa por corrupção e abuso de poder num processo denunciado como político pela União Europeia. Os líderes europeus boicotaram os jogos na Ucrânia da Copa Europeia de Seleções de 2012, disputada na Polônia e na Ucrânia.

Ela representa o poder corrupto e oligárquico que é a marca das ex-repúblicas da União Soviética, inclusive da Rússia. Mas líderes importantes da revolução como o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk são do partido da ex-primeira-ministra populista e carismática, usa uma transa sobre a cabeça no estilo da princesa Lea, da série Guerra nas Estrelas. Está em terceiro lugar nas pesquisas, mas tem grandes chances e um histórico de boas relações com a Rússia.

Afinal, a Rússia continua concentrando forças junto à fronteira da Ucrânia. Isso levou deputados republicanos da Comissão das Forças Armadas do Congresso dos Estados Unidos a escrever uma carta ao presidente Barack Obama advertindo-o de que a probabilidade de uma invasão russa ao resto da Ucrânia aumentou nos últimos dias.

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