Enquanto o homem-forte do Kremlin, Vladimir Putin, sancionava a anexação da Crimeia à Rússia, a União Europeia (UE) assinava hoje um acordo de associação com a Ucrânia, que agora está a caminho de se tornar membro pleno do maior bloco comercial do planeta. O abandono das negociações pelo então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, em novembro de 2013, provocou a revolta popular que levou a sua queda e à intervenção militar russa.
Em Bruxelas, a UE acrescentou mais 12 autoridades russas à lista de alvos de sanções, que não podem viajar à Europa nem fazer negócios com empresas e cidadãos de seus países-membros. Os alvos de sanções europeias são agora 33. Incluem o vice-primeiro-ministro Dimitri Rogozin, e os presidente da Duma do Estado (Câmara), Serguei Narichkin, e do Conselho da Federação (Senado), Valentina Matvienko.
Putin assinou o tratado de anexação depois da ratificação pelo Conselho de Federação, uma espécie de Senado não eleito do Parlamento russo.
Se reconquistou a Crimeia, à força, ao arrepio do direito internacional, Putin perdeu a Ucrânia, mas ninguém acredita que se dê por vencido. A Rússia deve continuar com suas provocações no Leste da Ucrânia, onde a maioria é étnica e culturalmente russa, para desestabilizar o governo central, em Kiev.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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