O presidente Barack Obama ampliou as sanções contra a Rússia depois que a Duma do Estado (Câmara) aprovou a anexação da Crimeia, acrescentando mais de 12 pessoas e um banco. Todos estão proibidos de viajar aos EUA e de fazer negócios com empresas e cidadãos americanos. A lista ampliada de Obama inclui muita gente próxima ao homem-forte do Kremlin, Vladimir Putin.
Nenhum dos punidos tem bens ou negócios nos Estados Unidos. Os alvos são do círculo íntimo de Putin, do novo Politburo da Rússia. Para não prejudicar futuras negociações, o presidente e o ministro do Exterior, Serguei Lavrov, foram excluídos.
O principal nome da nova lista é o chefe da Casa Civil do Kremlin, Serguei Ivanov. Um dos assessores mais próximos de Putin, chegou a ser cogitado para a Presidência em 2008, quando foi o atual primeiro-ministro Dimitri Medvedev acabou sendo o escolhido. Era um dos principais negociadores russos em questões de defesa com os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico (OTAN).
Outro membro da intimidade do poder na Rússia listado por Obama é Yuri Kovalchuk, diretor do Banco da Rússia.
Um dos principais assessores do presidente para economia e finanças do presidente, Kovalchuk é conhecido como o banqueiro pessoal de Putin. É quem sabe onde onde o homem-forte do Kremlin esconde seu dinheiro, uma fortuna estimada em US$ 40 bilhões depois do festival de corrupção da Olimpíada de Inverno de Sóchi, a mais cara da história.
Guenadi Timchenko, dono da Gunvor, empresa registrada em Chipre com sede na Suíça que comercializa gás e petróleo, não teve participação direta na intervenção militar na Ucrânia e na anexação da Crimeia à Rússia. Mas está na lista. Tem fama de ser o negociador secreto de Putin em transações de petróleo e gás.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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